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SMTU GARANTE QUE ‘OU REAJUSTA PASSAGENS, OU EMPRESAS QUEBRAM’

As despesas com funcionários das 10 empresas concessionárias do transporte coletivo e a alta do combustível foram os principais vilões que influenciaram no reajuste da tarifa, de acordo com representantes da Superintendência Municipal de Transporte Urbano da (SMTU). Os dois representam 68,35% do valor da passagem, de acordo com a planilha de custos apresentada pelo órgão.
Os gastos com despesa de pessoal representam 52,25% da tarifa, que são R$ 28.001.377,76. O custo envolve despesas com pessoal, fardamento, ticket refeição, remuneração da diretoria, cesta básica, lanche e plano de saúde.
 “Nós temos custos dentro da composição de cada reajuste que ocorre, principalmente o de pessoal. Ele traz um impacto muito grande nas despesas. O custo de pessoal representa hoje mais de 50% do valor da tarifa, R$ 1,62”, afirmou o presidente da SMTU, Pedro Carvalho.
Já o custo do combustível, outra variável que justifica o reajuste, segundo Carvalho, é de R$ 8.629.442,09, o que corresponde a R$ 16,10% da tarifa, ou R$ 0,50. Além do combustível, a planilha também apresenta gastos com lubrificantes, que corresponde a 1,52% da tarifa; rodagem, com 2,65%; e peças, com 4,28%. O total dos custos variáveis é de 24,56%, o que representa R$ 13.160.230,01.
O total de custos fixos fica em R$ 39.096.257,86, o que corresponde a 72,95% do valor da passagem, ou seja R$ 2,27. Nesse total, além de despesa com os funcionários, está inclusa a depreciação de veículo e equipamentos, que corresponde a R$ 4.131.715,02, ou seja, 7,71%; despesas administrativas (seguro obrigatório, IPVA, manutenção do sistema de bilhetagem e despesas gerais) de R$ 3.863.997,15, ou 7,21%; e por fim, remuneração, que corresponde a R$ 3.099.167,94, ou 5,78%.
Há também despesas tributárias que compreendem 2%, e custos de integração, com 0,49% da passagem.
Logo, ele explicou que o valor da tarifa é de R$ 3,11, com a despesa total de R$ 53.592.623,84, e não R$ 3,25 como divulgado. “A tarifa hoje é R$ 3,11, ficou R$ 3 para passageiros e R$ 0,11 de subsídio do Estado e da Prefeitura, que mantiveram”, disse.
Carvalho explicou que as prefeituras que tem como subsidiar os reajustes anuais não repassam a conta diretamente ao consumidor. “Não é o prefeito que aumenta o combustível, e o do salário é obrigatório todo ano. Vamos viver eternamente sem reajustar tarifa? Viveríamos se a prefeitura tivesse capacidade de ir absorvendo através de subsídios os ajustes. Infelizmente 2015 não vai ser um ano fácil em todos os aspectos. Os prefeitos de um modo geral não têm como fugir desta realidade: ou reajusta, ou quebra”, afirmou.
 Por Ive Rylo (Jornal EM TEMPO).

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