Cerca
de 50 moradores do bairro Armando Mendes fecharam na manhã deste domingo (14),
parte da avenida Itacolomy, uma das principais vias do bairro, localizado na
Zona Norte de Manaus. O motivo do protesto é a possibilidade de suspensão da
linha de transporte público 535 que realiza rota bairro/centro, nos finais de
semana e feriados.
De acordo com o
presidente da associação de moradores, Josimar Gadelha, apenas uma circular da
Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), foi utilizada para
avisar os usuários, que foram pegos de surpresa. “Eles se quer tiveram a
iniciativa de realizar ao menos uma audiência pública com a comunidade. Essa é
a única linha de ônibus que nos leva ao centro sem que tenhamos que passar por
terminais”, reclamou.
Na tentativa de
sensibilizar a SMTU e a Prefeitura de Manaus, os comunitários do Armando
Mendes, comunidade da Sharp, e sítio Bom Jesus, coletam desde a última
sexta-feira (12), assinaturas para endossar um abaixo-assinado, solicitando a
manutenção na operação da linha todos os dias da semana.
“O Armando
Mendes e as demais comunidades que utilizam essa linha, certamente significam
mais de 50 mil pessoas. Durante a semana, os ônibus operam superlotados, é
impossível que essa quantidade vasta de usuários, não consiga cobrir esses
prejuízos que eles dizem ter aos finais de semana e feriados”, comentou o líder
comunitário, que discorda com as alegações feitas pelo representante da SMTU,
Valdir Frazão.
Segundo o
diretor de transportes urbanos da Superintendência, a decisão foi tomada com
base em pareceres técnicos que levaram em consideração a baixa demanda de
usuários durantes os finais de semanas e feriados, pela linha. Em conversa com
a reportagem, Frazão lembrou que o direcionamento da gestão municipal é que a
tarifa do transporte público não sofra alterações, e por isso as empresas estão
tendo que se adequar para “evitar maiores prejuízos”.
“Temos que
equilibrar as contas e impossível trabalhar a linha, sem haja um número mínimo
de usuários. Asseguramos que durante a semana, as linhas irão operar
normalmente”, ponderou.
Joelma Muniz
(Jornal EM TEMPO)
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