Manaus - Embora o
resultado no carnaval do ano passado tenha assegurado à escola de samba
Andanças de Ciganos o acesso ao Grupo Especial em 2014, um processo solicitado
pela escola Império da Kamélia, na 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJAM), suspendeu o resultado da apuração.
A medida
judicial gerou polêmica, pois a Andanças de Ciganos já assumiu um galpão no
Sambódromo, enquanto a Império da Kamélia ainda aguarda o parecer da justiça.
“Por enquanto,
não tem nada de concreto. Talvez a Andanças de Ciganos tenha entrado com uma
liminar solicitando um galpão e a SEC, por sua vez, tenha cedido, já que eles
não pertencem às escolas e sim à secretaria. Eles pediram a concessão do
galpão, não do desfile”, lembrou Roquelane Souza, presidente da Superliga das
Escolas de Samba de Manaus.
Até o momento, a
Superliga, responsável pela organização do carnaval, ainda não recebeu nenhum
documento oficial nomeando nem a Império da Kamélia e nem Andanças de Ciganos
para a vaga no Grupo Especial. “Quem sabe daqui uns dez dias receberemos”,
disse.
Roquelane
reforçou que o cronograma divulgado à imprensa, com os horários dos desfiles
das sete escolas do Grupo Especial — Unidos do Alvorada, Reino Unido, Sem
Compromisso, Mocidade Independente de Aparecida, Balaku Blaku, A Grande Família
e Vitória Régia — será mantido e a recém-chegada abrirá o carnaval no
Sambódromo.
“É o sonho do
Almério Botelho (presidente da Império da Kamélia) desfilar no Grupo Especial.
A gente não tem o menor problema de vê-lo nesse grupo. São apenas oito escolas
e ele quer estar entre elas”, disse Vilson Benayon, presidente da Andanças de
Ciganos.
“Porém, o mesmo
juízo que deferiu a liminar suspendendo o resultado foi a mesma que determinou
a desocupação da Presidente Vargas, para tomarmos posse do galpão. É questão de
tempo essa liminar ser revogada”, completou.
Vilson garantiu
que o cronograma da escola foi todo executado para o desfile no Grupo Especial
e todas as fantasias foram desenhadas no Rio de Janeiro. Entretanto, a execução
está sendo prejudicada pela não liberação do dinheiro dentro do prazo.
“A gente recebeu
o espaço sem a menor condição de infraestrutura de receber uma escola de samba,
por conta da inexistência de fiação elétrica e sistema sanitário. No momento, o
galpão está interditado e continuará fechado, porque não temos como arcar com
uma reforma emergencial que custaria em torno de R$ 60 mil”, admitiu Benayon.
Tentamos contato com o presidente da
Império, Almério Botelho, mas não obtivemos sucesso. Porém, em entrevista na
última quinta (16), ele garantiu que a escola está em ritmo acelerado e a
maioria das fantasias já estão prontas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário