O
Amazonas arrecadou e repassou à União mais de R$ 13,5 bilhões de tributos
federais, até o mês de novembro de 2014. Contudo, para um Estado considera como
um que mais repassa verbas ao governo federal, a União devolveu nesse período
aproximadamente R$ 7 bilhões a menos do que foi arrecadado.
Especialistas
explicam que “sempre foi assim e sempre será”.
De acordo com
dados do Portal da Transparecia do Governo Federal, o Amazonas repassou em
tributos para o governo federal um montante na ordem de R$13,5 bilhões e
recebeu repasses na ordem de R$ 6.226.352.280 bilhões, considerando repasses
para Estado e municípios, conforme o economista Serafim Corrêa. Ele informou
que essa divisão ocorre há 25 anos.
Entre os 26
Estados mais o Distrito Federal, Amazonas é a 13ª unidade federativa em
arrecadação de tributos federais. Por outro lado, o Estado fica em 19º lugar no
ranking em recursos recebidos da União. Fica à frente apenas de oito estados:
Acre, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e
Tocantins.
Segundo o
titular da Secretaria de Estado da Fazenda do Estado do Amazonas (Sefaz-AM),
Afonso Lobo, a norma que regula os repasses para os Estados e municípios já
existe a muito tempo e a arrecadação do Amazonas sempre foi alta. “Isso já
existe há muito tempo, há mais de quinze anos”, disse.
Lobo explicou
que o motivo para o Amazonas recolher e repassar tantos tributos está na
indústria do Estado. “O Estado é um grande exportador de recursos para a União
por causa da nossa indústria.
O Fundo de Participação dos Estados é
calculado por um coeficiente. Por isso, no final das contas nos repassamos mais
do que recebemos”, explicou o secretário.
NÚMERO DE HABITANTES
Segundo o
economista Ailson Rezende, o Amazonas é um dos Estados que mais recolhe tributos
federais, mesmo com a redução no pagamento de muitos tributos, e continuará
repassando mais do que recebe.
“O Brasil tem
alguns Estados considerados como ‘super habitados’. São aqueles Estados que
mandam mais verbas do que recebem. Isso se deve por conta das empresas que
estão instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Na verdade nós temos
redução de tributos, mas não somos isentos”, disse Rezende.
De acordo com o
economista, um dos fatores para a o cálculo é o número de habitantes do
Amazonas, que está estimada em 3,874 milhão, conforme dados de 2014.
“Nós recebemos menos em função da
população. O número de municípios e o número populacional influenciam na base
do cálculo que define quanto será repassado ao Estado”, encerrou.
Por Alik Menezes
(Especial Jornal EM TEMPO)
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