Representantes
de sete Estados do Norte participam em Manaus, nos dias 18 e 19 deste mês, do
1º Encontro Regional do Movimento de Cidadãs PositHIVas (mulheres que vivem com
HIV/Aids).
O evento, que
tem o apoio da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado
(FMT-HVD), órgão da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), vai acontecer no
auditório da instituição (na avenida Pedro Teixeira, 25, Dom Pedro, Zona
Centro-Oeste) e espera reunir 60 participantes. A abertura será às 9h do dia
18.
A
diretora-presidente da FMT-HVD, Graça Alecrim, destaca que a instituição tem
mantido um permanente trabalho de articulação e diálogo com as entidades da
sociedade civil organizada que atuam voltadas para o enfrentamento da Aids.
“Esta parceria é muito importante. Os movimentos sociais têm muito a contribuir
no processo de melhoria da assistência prestada aos pacientes, que é nossa
busca diária”, afirmou a diretora.
De acordo com
Maria Emília Gomes Ferreira, representante para a Região Norte do Movimento
Nacional de Cidadãs PositHIVas (MNCP), o evento tem a finalidade de aproximar
as lideranças que integram o movimento, aprofundar o debate sobre as políticas
públicas voltadas para as mulheres que vivem com o HIV/Aids, além de abordar
outros temas como os indicadores epidemiológicos da doença no segmento
feminino, o controle social e a melhoria da assistência.
“As discussões
deste encontro regional vão compor as propostas que serão levadas ao encontro nacional
do movimento, marcado para o mês de novembro, em Campo Grande, no Mato Grosso
do Sul”, explica Maria Emília. Ela destaca que o evento de Manaus deve contar
com a participação da dirigente nacional do movimento, Simone Aparecida
Bitencourt.
Segundo dados da
Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, que atua vinculada à
FMT-HVD, as mulheres representam cerca de 32% dos casos diagnosticados de HIV.
“A questão da
Aids entre as mulheres deve ser analisada em seus diversos aspectos, inclusive na
questão da estrutura familiar, pois envolve o papel de protetora dos filhos. As
mulheres, do ponto de vista imunológico, estão mais propensas ao adoecimento
quando infectadas pelo HIV, mas também apresentam os maiores índices de adesão
ao tratamento, o que pode explicar, talvez, o fato de morrerem mais homens do
que mulheres da doença”, disse.
“Enfim, há
várias questões envolvidas e são temas importantes para serem discutidos, de
forma permanente, com os movimentos sociais ligados ao tema”, afirmou Silvana
Lima, coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais”, finalizou.
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