Com data marcada
para vir a Manaus no próximo dia 26 de abril, o governador de Pernambuco e
presidenciável Eduardo Campos (PSB) afirma que o “Brasil precisa conhecer
melhor o Amazonas”. Antecipando as mensagens que deixará ao eleitorado
amazonense, o socialista se diz fiel defensor do modelo Zona Franca de Manaus
(ZFM) e afirma que a União não tem investido em logística na Região Norte,
fator, segundo ele, vital para o desenvolvimento.
As mensagens
serão as principais bandeiras de Campos durante sua passagem pela capital. Em
fase final de implantação, o entreposto da ZFM no município de Ipojuca (PE),
região metropolitana de Recife, será o elo entre Campos e o seu discurso aliado
ao modelo ZFM. Segundo Campos, “o Norte e Nordeste precisam dar as mãos e mostrar
ao país seu potencial”. O socialista, entretanto, afirma que é preciso
contrapartidas da União para potencializar as regiões.
Campos defende
que as divergências entre as políticas sulistas e nortistas, no que diz
respeito a ZFM, são ocasionadas pelo isolamento das regiões e, principalmente,
pela concentração dos maiores investimentos da União no sul do país. “Me
impressiono quando pessoas olham com preconceito para a ZFM, pessoas da Região
Sul. Essas pessoas não conhecem a realidade social que conhecemos. Não conhecem
a pobreza, a exclusão das cidades do Norte”.
Criticando o
governo Dilma Rousseff (PT), pelos índices da inflação, o governador afirmou
que alta no Índice de Preços ao Consumidor (Ipca) tem origem na falta de
investimentos em logística. A contrapartida, segundo ele, evitaria a alta nos
preços de alimentos. “A logística do país é lenta. Precisamos usar mais os
nossos rios, como o Amazonas, potencializar ferrovias e hidrovias”.
Aliado ao
segmento agropecuário, que resistiu ao início da aliança socialista com a
ex-verde Marina Silva, Campos sustenta que o setor seria o principal
beneficiado com a suplementação das políticas de logística no Norte. O setor
primário, segundo ele, é um forte aliado a economia de Estados
industrializados. A ex-senadora, segundo ele, faz com que o partido tenha ainda
mais intimidade com o Amazonas. “Marina é a cara do Amazonas”, disse.
O setor de Saúde
também foi alvo das críticas de Campos. Segundo o socialista, “a União precisa
botar a mão no bolso”. Ele defende que o financiamento da saúde pública deve
ter uma maior contrapartida percentual do governo federal. “A União arrecada
mais que os Estados, não faz sentido”, disse. O governador idealiza que 10% do
orçamento do país devem ser investidos no setor. Hoje, o investimento gira em
torno de 4,5%.
Campos virá a
Manaus no próximo dia 26 de abril, para se encontrar com os socialistas. Na
ocasião, Campos receberá título de cidadão amazonense pela Assembleia
Legislativa do Amazonas (Aleam), encomendada pelo deputado Marcelo Ramos. As
declarações do governador foram dadas durante uma entrevista ao vereador Elias
Emanuel, na semana passada, em Pernambuco.
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